A indústria têxtil é uma fonte geradora de vários tipos de poluentes, destacando-se os efluentes líquidos, os quais possuem uma elevada carga de corantes, vindos principalmente do processo de tingimento. Esses corantes têxteis quando entram em contato com rios são facilmente detectáveis, sendo visíveis em alguns casos a concentrações bem baixas. O principal problema que as empresas enfrentam é tratar o efluente gerado nos processos de fabricação, bem como realizar o descarte dos mesmos de forma correta. Deste modo, vê-se que métodos para remoção da cor das águas de rejeito têm uma extrema importância e, por isso, têm recebido enorme atenção nos últimos anos. A floculação iônica é um processo caracterizado pelo baixo custo, além de garantir uma eficiência de remoção alta, por isso está entre as alternativas de tratamento que mais têm sido estudadas, ela se baseia em adicionar cálcio à solução contendo corante e tensoativo. O cálcio é responsável por produzir sais insolúveis que se apresentam na forma de flocos de tensoativo que, devido ao caráter anfifílico, são capazes de atrair o composto orgânico presente no meio reduzindo a concentração de corante. Partindo disso, o objetivo deste trabalho consistiu em avaliar a eficiência de remoção de azul de metileno do meio aquoso usando a floculação iônica. Os experimentos foram divididos em duas etapas. Na primeira houve o preparo da solução do tensoativo utilizando NaOH e ácidos graxos (láurico, caprílico, esteárico e mirístico), aquecimento da solução e secagem do tensoativo. Na última, preparou-se a solução contendo azul de metileno, adicionou-se tensoativo e colocou para agitar em uma chapa até que ocorresse sua dissolução completa, em seguida adicionou-se cálcio para facilitar a formação de flocos de tensoativo. Feito isso, a solução foi levada a uma centrifuga para remover os flocos e, por fim, ao espectrofotômetro para analisar a concentração final de azul de metileno. A concentração de corante foi 10 ppm, enquanto as concentrações de tensoativo foram 400, 600, 800, 1000, 1200, 1400, 1600 e 1800 ppm. Ao observar os resultados, notou-se que faixas acima de 1600 ppm, a remoção foi mais acentuada chegando a atingir valor máximo de 96,11% para o mirístico em concentração de tensoativo de 1800 ppm, além disso, para concentrações partindo de 1600 ppm a eficiência fica próxima de garantir uma estabilização. Observou-se também que para o ácido láurico, de menor cadeia carbônica, a remoção inicial foi pequena comparada à remoção do mirístico e esteárico, que apresentaram remoções mais elevadas, sendo 63,04% e 47,07%, respectivamente. Diante do exposto, nota-se que este processo é uma boa alternativa para tratamento de efluentes contendo compostos orgânicos haja visto que a formação de flocos proporciona a formação de um agente de separação de fundamental importância para o processo devido ao caráter anfifílico do floco, além de garantir uma eficiência de remoção consideravelmente alta.
Comissão Organizadora
Thaiseany de Freitas Rêgo
RUI SALES JUNIOR
Comissão Científica
RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
LUCIANA ANGELICA DA SILVA NUNES
FRANCISCO MARLON CARNEIRO FEIJO
Osvaldo Nogueira de Sousa Neto
Patrício de Alencar Silva
Reginaldo Gomes Nobre
Tania Luna Laura
Tamms Maria da Conceição Morais Campos
Trícia Caroline da Silva Santana Ramalho
Kátia Peres Gramacho
Daniela Faria Florencio
Rafael Oliveira Batista
walter martins rodrigues
Aline Lidiane Batista de Amorim
Lidianne Leal Rocha
Thaiseany de Freitas Rêgo
Ana Maria Bezerra Lucas